1. AS SOCIEDADES RECOLECTORAS
Em que consiste a hominização?
Hominização é o lento e progressivo processo de transformação física e intelectual do Homem, desde os primeiros hominídeos até ao Homem actual.
Localiza no tempo e no espaço o aparecimento dos primeiros hominídeos.
Australopitecos – 2,5 milhões de anos, na ÁfricA Oriental, na região de Olduvai.
Homo Habilis – 2 milhões de anos, na África Oriental
Homo Erectus – 1,5 milhão, em África, Europa e parte de Ásia
Homo Sapiens – 200 mil anos, em África, Europa e parte de Ásia
Homo Sapiens Sapines – 35 mil anos, nos 5 continentes
Explica o aparecimento dos primeiros hominídeos.
Os primeiros hominídeos apareceram devido às transformações climáticas ocorridas há cerca de 10 milhões de anos. Quando o clima se tornou mais quente e seco, as florestas recuaram e foram substituídas por savanas. Os primatas que aqui viviam tiveram que se habituar a correr, agarrando os alimentos com as mãos, para locais mais seguros (longe dos predadores). Progressivamente, foram habituando-se a caminhar apenas com os dois membros inferiores.
Descreve as transformações físicas registadas ao longo da hominização.
As mais importantes transformações físicas foram:
- aumento da capacidade craniana
- aumento da estatuta
- polegar oponível à mão
- recuo do maxilar
Justifica a importância da bipedia.
A bipedia permitiu:
- o aumento da capacidade craniana e, portanto, da inteligência
- a libertação da mão da actividade locomotora permitiu o aumento da habilidade manual
- o desenvolvimento do aparelho fonador, permitindo a emissão de sons articulados e, portanto, da linguagem.
Descreve a evolução registada no fabrico de instrumentos.
A evolução no fabrico de instrumentos foi:
- Homo Habilis – seixo quebrado ou partido
- Homo Erectus – biface
- Homo Sapiens e Homo Sapiens Sapiens – grande variedade de instrumentos: ponta de seta, ponta de lança, furador, raspador, arpão, etc.
Indica os materiais de que eram feitos.
Os materiais de que eram feitos era a pedra, o ossso, a madeira, chifre e dentes de animais.
Refere a utilidade desses instrumentos.
Esses instrumentos eram utilizados para caçar, pescar e tratar as peles para o vestuário.
Menciona o hominídeo que primeiro dominou o fogo.
O primeiro hominídeo que dominou o fogo foi o Homo Erectus.
Descreve as formas de produção do fogo.
As duas formas de produzir o fogo eram: friccionando dois pedaços de madeira ou percutindo dois pedaços de pedra.
Indica a importância que o domínio do fogo teve para o homem.
O domínio do fogo foi importante para o Homem pois permitiu cozinhar os alimentos, aquecer-se, iluminar a noite e afastar os predadores.
Relaciona economia recolectora e nomadismo
Como o Homem do Paleolítico sobrevivia daquilo que a natureza lhe dava, quando os recursos se esgotavam ele tinha de ir para outro local procurar alimentos.
Descreve o alargamento das áreas habitadas.
O Homo Erectus saiu de África e deslocou-se para a Ásia. Penasa-se que a chegada à Europa terá acontecido com o Homo Sapines. O Homo Sapiens Sapiens espalhou-se pela Ásia e pela Europa e, finalmente, pela Austrália (aproveitando a descida do nível do mar) e América (através do Estreito de Bering, coberto de gelo).
A expansão dos seres humanos deveu-se ao crescimento populacional e às alterações climáticas, que provocaram a descida do nível do mar e promoveu a ligação entre todos os continentes.
Explica o aparecimento de ritos funerários com o Homo Sapiens.
Os ritos funerários aparecem quando o Homem começa a reflectir sobre a morte e a pensar que há uma outra vida, depois da pessoa morrer. Por isso, o culto aos mortos teria a intenção de atrair a protecção dos antepassados.
Distingue arte móvel de arte rupestre.
A arte móvel consistia nas pequenas estatuetas de figuras femininas, às quais se dá o nome de “Vénus”. A arte rupestre consiste nas pinturas ou gravuras feitas nas paredes das rochas, nas grutas ou ao ar livre.
Diz de que forma essas manifestações artísticas constituíam ritos mágicos.
As “Vénus” seriam utilizadas como culto à fertilidade feminina; as pinturas rupestres seriam feitas para dar boa sorte nas caçadas.
2. AS PRIMEIRAS SOCIEDADES PRODUTORAS
Indica as zonas onde nasceu a agricultura e a pecuária.
2.1 Explica o aparecimento da agricultura e da pecuária.
O fim da Idade do Gelo, há cerca de 10.000 anos, permitiu o aparecimento de plantas gramíneas (trigo e cevada, por exemplo), que começaram a ser colhidas pelo homem. Com o tempo, os homens começaram a compreender o processo de germinação e, quando isso aconteceu, começaram eles próprios a fazê-lo. Nascia assim a agricultura. Ao mesmo tempo, construíram cercas e currais, onde colocavam as crias dos animais capturados que foram, assim, domesticadas. Surge assim a pecuária.
As actividades produtoras apareceram primeiro no Crescente Fértil (zona extremamente fértil, entre o rio Nilo e os rios Tigre e Eufrates), seguido de outras regiões nos outros continentes.
O fim da Idade do Gelo, há cerca de 10.000 anos, permitiu o aparecimento de plantas gramíneas (trigo e cevada, por exemplo), que começaram a ser colhidas pelo homem. Com o tempo, os homens começaram a compreender o processo de germinação e, quando isso aconteceu, começaram eles próprios a fazê-lo. Nascia assim a agricultura. Ao mesmo tempo, construíram cercas e currais, onde colocavam as crias dos animais capturados que foram, assim, domesticadas. Surge assim a pecuária.
A nova técnica de fabrico de instrumentos, que surgiu no Neolítico, foi a pedra polida.
2.3 Relaciona o aparecimento de novos instrumentos com a prática agrícola.
Para cultivar a terra, o Homem necessitava de novos instrumentos: o machado, a foice, a enxada a mó e o almofariz.
2.4 Indica as actividades artesanais surgidas neste período.
As actividades artesanais que surgiram neste período foram a cerâmica, o artesanato e a tecelagem.
2.5 Relaciona-as com a agricultura e a pecuária.
A cerâmica e a cestria surgiram devido à necessidade de armazenar e transportar os alimentos que produziam; a tecelagem surgiu porque os homens passaram a produzir a matéria-prima necessária: a lã, o algodão e o linho.
Com o aparecimento da agricultura e da pecuária, o Homem começou a produzir os seus próprios alimentos, tornando-se, portanto, produtor. Como já não precisava de se deslocar para encontrar os alimentos, começou a fixar-se num só local, com a construção de aldeamentos. Passou, portanto a ser sedentário.
2.7 Justifica o aparecimento da diferenciação social no Neolítico.
O aumento da produção de alimentos permitiu que um certo número de pessoas fosse dispensada da produção de alimentos, podendo, deste modo, dedicar-se, por exemplo, às atividades artesanais ou à defesa do aldeamento.
2.8 Descreve o tipo de diferenciação social existente no Neolítico.
Por um lado, havia uma diferenciação por funções: os agricultores, os pastores, os artesãos, caçadores, guerreiros, chefes e sacerdotes. Por outro lado, havia uma diferenciação com base na riqueza (através da posse de terras e de rebanhos) e no poder de cada um, distinguindo-se os guerreiros, os sacerdotes e os chefes dos aldeamentos.
2.9 Justifica o aparecimento do culto à deusa Terra-Mãe.
O aumento da produção de alimentos permitiu que um certo número de pessoas fosse dispensada da produção de alimentos, podendo, deste modo, dedicar-se, por exemplo, às atividades artesanais ou à defesa do aldeamento.
Por um lado, havia uma diferenciação por funções: os agricultores, os pastores, os artesãos, caçadores, guerreiros, chefes e sacerdotes. Por outro lado, havia uma diferenciação com base na riqueza (através da posse de terras e de rebanhos) e no poder de cada um, distinguindo-se os guerreiros, os sacerdotes e os chefes dos aldeamentos.
2.9 Justifica o aparecimento do culto à deusa Terra-Mãe.
A deus Terra-Mãe era uma estatueta feminina que, para além de representar a fertilidade feminina, simbolizava também a fertilidade da terra. O culto dessa figura tinha, portanto, a intenção de garantir boas colheitas.
2.10 Diz o que são megálitos.
São construções em que se utilizavam grandes pedras: mega=grande + litos=pedras
211 Distingue os tipos de construção megalítica existentes.
Os tipos de construções eram:
- menires – pedra isolada disposta na vertical
- cromeleques – conjunto de menires dispostos em círculo
- alinhamentos – conjunto de menires dispostos em linha
- dólmenes ou antas – grutas artificais para enterrar os mortos.
Os três primeiros serviam para realizar culto aos astros ou ao Sol. O último estava relacionado com o culto aos mortos.
3. AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
1. Relaciona o aparecimento das primeiras civilizações com os grandes rios.
As primeiras civilizações surgiram junto a grandes rios devido ao facto de serem estes os responsáveis pela fertilização dos solos e, consequentemente, da produção de excedentes alimentares que provocaram o aumento da população e o aparecimento de aglomerações urbanas. Nasciam, assim, as civilizações.
2. Descreve as consequências da acumulação de excedentes, da descoberta da metalurgia e do crescimento da população.
- a acumulação de excedentes, ou seja, a produção de alimentos para além das necessidades, conduziu ao aparecimento do comércio e ao aumento da população
- a descoberta da metalurgia permitiu o fabrico de instrumentos mais resistentes e, portanto, o aumento da produção.
- o crescimento da população originou o formação de aglomerações urbanas, as cidades.
3. Explica a fertilidade das margens do Nilo.
A fertilidade das margens do rio Nilo deve-se às cheias anuais que decorrem de Julho a Setembro, nos meses de verão. Nesse período, as águas do rio transbordam para fora, inundando os campos agrícolas e depositando materiais fertilizantes.
4. Justifica a divinização do rio Nilo por parte dos egípcios.
Os egípcios não sabiam a origem das cheias do Nilo, que aconteciam devido às chuvas tropicais na nascente do Nilo, mais a sul. Por acharem estranho que as cheias decorressem nos meses mais quentes do ano, vão considerar que esse acontecimento se devia a uma dádiva do Deus Nilo.
5. Descreve as actividades a que se dedicavam os egípcios.
O Egipto era uma civilização agrária devido à abundância de água e terras férteis. Cultivavam sobretudo cereais, vinha, árvores de fruto, produtos hortícolas, linho e papiro.
Dedicavam-se ainda às atividades artesanais, à caça, à pesca e ao comércio
6. Justifica a importância do rio Nilo para o comércio.
O rio Nilo era a principal via de comunicação utilizada pelos comerciantes egípcios.
7. Indica os grupos sociais existentes.
Os grupos sociais, por ordem decrescente de importância, eram: o faraó e a sua família, os nobres e altos funcionários, os sacerdotes, os escribas, os soldados, os camponeses, comerciantes e artesãos e, finalmente, os escravos.
8. Distingue esses grupos no que diz respeito às funções e condições de vida.
O faraó e a sua família, os nobres e altos funcionários, os sacerdotes e os escribas eram grupos privilegiados. O faraó e a família estavam no topo. Os restantes asseguravam as funções militares, religiosas e administrativas essenciais para o exercício do poder absoluto do faraó.
Os soldados, os camponeses, comerciantes e artesãos e os escravos eram grupos não privilegiados. Os comerciantes, os artífices e os camponeses (o grupo mais numeroso) tinham uma vida muito difícil porque não só tinham que trabalhar arduamente como pagavam pesados impostos ao faraó. Os escravos eram normalmente prisioneiros de guerra e faziam todo o tipo de trabalhos.
9. Justifica a importância dos escribas na sociedade egípcia.
Devido à complexidade da escrita egípcia, apenas os escribas sabiam ler, escrever e fazer cálculos pelo que eram essenciais para o controlo das colheitas e o pagamento dos impostos.
10. Caracteriza o poder do faraó.
O faraó tinha um poder sacralizado e absoluto, pois a sua autoridade total era exercida em nome dos deuses. Era considerado um deus vivo e, portanto, concentrava todos os poderes.
11. Descreve os seus poderes.
O faraó tinha o poder político, religiosos, judicial e militar. Usava como símbolos o chicote (símbolo do poder), a barba postiça (símbolo de imortalidade), a serpente sagrada (simbolo de proteção ao rei) e o ceptro (símbolo de poder).
12. Caracteriza a religião egípcia.
A religião egípcia era politeísta, ou seja acreditavam em vários deuses.
13. Descreve as formas e qualidades atribuídas aos deuses pelos egípcios.
Os deuses podiam ter várias formas: humana, animal ou mista. Era, portanto, uma religião antropomórfica uma vez que alguns deuses eram representados com forma humana.
Grande parte dos deuses representavam as forças da natureza (sol, terra, vento, etc) ou qualidades humanas (justiça, sabedoria).
Grande parte dos deuses representavam as forças da natureza (sol, terra, vento, etc) ou qualidades humanas (justiça, sabedoria).
14. Identifica alguns deuses e o que representavam.
- Ámon-Rá - pai dos deuses
- Osíris, Deus dos mortos
- Anúbis - associado à mumificação e à vida depois da morte
- Ísis - deusa da maternidade
- Hórus - deus do Sol
- Thot - deus da magia, da sabedoria e das artes
- Hathor - deusa dos céus, do amor, da alegria e da música
- Osíris, Deus dos mortos
- Anúbis - associado à mumificação e à vida depois da morte
- Ísis - deusa da maternidade
- Hórus - deus do Sol
- Thot - deus da magia, da sabedoria e das artes
- Hathor - deusa dos céus, do amor, da alegria e da música
15. Descreve o modo como se embalsamava os corpos.
Os egípcios conservavam os corpos extraíndo as vísceras do corpo, salgando-os durante cerca de 40 dias para retirar toda a humidade e, depois, enfaixando-os com ligaduras de linho. Os corpos eram depois colocados em sarcófagos decorados.
16. Relaciona a crença na vida depois da morte com a mumificação.
Os egípcios acreditavam na vida depois da morte e achavam que a alma, para resuscitar no mundo dos mortes, teria que ter um corpo para habitar. Por isso é que embalsamavam os corpos.
17. Distingue os vários tipos de túmulos.
18. Caracteriza a arquitetura egípcia.
A arquitetura egípcia era monumental, grandiosa e duradoura.
19. Descreve as regras de representação da figura humana.
Na representação da figura humana aplicavam a lei da frontalidade: a cabeça, as pernas e os pés aparecem de perfil, enquanto que os olhos e o resto do corpo aparecem representados de frente.
4. OS GREGOS NO SÉCULO V A.C.
1.Localiza no mapa a Grécia continental, a Grécia insular e a Grécia asiática:
A Grécia situa-se no Sul da Europa, na Península Balcânica.
2.Caracteriza a morfologia (características geográficas do território grego):
A Grécia é um país muito montanhoso e árido, com costas muito recortadas e rodeada por inúmeras ilhas no mar Egeu. O clima era quente e seco.
3.Refere as actividades económicas a que se dedicavam os Gregos:
Devido ao relevo, ao clima mediterrânico e ao solo pouco fértil, não havia muitas condições para a prática agrícola, pelo que cultivavam, sobretudo, árvores de fruto (oliveira, vinha e figueira). Os cereais eram cultivados apenaas nos vales e nas pequenas planícies. Nas zonas altas, praticavam a pastorícia. Devido à proximidade com o mar, e à existência de inúmeras enseadas, a pesca e o comércio marítimo serão duas das principais actividades económicas a que se dedicavam, aventurando-se por todo o Mediterrâneo.
4.Refere as razões que conduziram à colonização grega:
Os gregos (ou helenos) expandiram-se para outras zonas no mundo mediterrânico (por exemplo, a Magna Grécia, no Sul da Península Itálica) devido ao aumento da população, conflitos entre cidades-estado e à pobreza do solo, que provocaram fome entre as populações.
5.Diz em que consiste o “mundo helénico”:
O mundo helénico é constituído por todas as cidades-estado gregas e pelas colónias espalhadas um pouco por quase todo o Mediterrâneo. Havia um sentimento de união entre eles porque partilhavam a mesma cultura, a mesma língua, a mesma religião, etc.
6.O que é uma cidade-estado?
Uma cidade-estado (ou pólis, como lhes chamavam os gregos) era uma comunidade de homens livres (os cidadãos), com um governo autónomo e leis próprias.
7.Explica o aparecimento de várias cidades-estado na Grécia:
O terreno montanhoso da Grécia conduziu ao isolamento das populações e, portanto, à necessidade de cada cidade ter o seu próprio governo para rapidamente resolver os problemas das populações.
8.Explica a prosperidade económica de Atenas.
Atenas era a cidade mais próspera no conjunto das cidades-estado gregas, o que se devia aos seus recursos naturais (vinho, azeite, mel e prata), à actividade artesanal (nomeadamente a cerâmica, famosa em todo o Mediterrâneo) e, sobretudo, ao comércio marítimo (Atenas era o mais activo centro de comércio de toda a Grécia). Através do porto do Pireu, os atenienses importavam e exportavam produtos de e para todo o mundo mediterrânico. Para além disso, o domínio exercido sobre as cidades-estado pertencentes à Liga de Delos permitiu-lhes exigir o pagamento de tributos e transferir para Atenas o tesouro guardado na ilha de Delos (utilizado na construção de grandes obras para embelezar a cidade).
9.Refere os grupos que constituíam a sociedade ateniense:
A sociedade ateniense estava dividido em três grupos sociais: os cidadãos (cerca de 10% da população), os metecos (cerca de 10 %) e a sua família (cerca de 20%) e os escravos (cerca de 35%). As mulheres e os filhos dos cidadãos representavam cerca de 23% da população ateniense.
10.Diz quem podia ser considerado cidadão ateniense.
Só eram considerados cidadãos os homens livres filhos de pai e mãe ateniense, maiores de 18 anos, com o serviço militar cumprido.
11.Quem eram os metecos e os escravos?
Os metecos eram os estrangeiros, originários de outras cidades-estado gregas. Os escravos eram prisioneiros de guerra, filhos de escravos ou pessoas endividadas que não tinham conseguido pagar a sua dívida.
12.Distingue esses grupos sociais quanto a direitos e deveres:
Os cidadãos tinham direitos políticos (participavam no governo da cidade), podiam possuir terras e não pagavam impostos. Os metecos não tinham direitos políticos, não podiam possuir terras (por isso eram artesãos ou comerciantes), pagavam impostos e cumpriam o serviço militar. Os escravos não tinham quaisquer direitos, nem o de constituir família, e eram encarados como meros instrumentos de trabalho, podendo desempenhar todo o tipo de trabalhos; no entanto, eram protegidos contra maus tratos. As mulheres dos cidadãos eram excluídas da vida política (porque nem eram consideradas cidadãs), viviam na dependência do pai ou do marido e a sua vida estava reservada à educação dos filhos e às tarefas domésticas, numa parte da casa reservada (o gineceu)
13.Distingue as actividades a que se dedidava cada um dos grupos:
Os cidadãos eram proprietários de terras e dedicavam-se ao governo da cidae; os metecos dedicavam-se às actividades artesanais e ao comércio; os escravos podiam dedicar-se ao trabalho doméstico, ao trabalho nos campos, nas oficinas ou nas minas.
14.O que significa o termo “Democracia”?
Democracia significa o “governo pelo povo” (demos=povo+cracia=poder). É, portanto, um regime político em que o poder de governar pertence ao povo (a todos os cidadãos).
15.Descreve a forma de funcionamento da democracia ateniense.
A democracia ateniense era uma democracia directa porque todos os cidadãos podiam participar na Eclésia (a Assembleia Popular onde eram votadas as leis) e todos podiam ser sorteados para outros dois orgãos políticos: a Bulé e a Heleia. Apenas o cargo de estratego era escolhido através de eleições devido ao facto das suas funções exigirem uma melhor preparação militar.
16.Refere as limitações da democracia ateniense.
A democracia ateniense era uma democracia limitadas porque estavam excluídos da vida política as mulheres, os metecos e os escravos, ou seja, cerca de 90 % da população ateniense.
17.Compara a democracia ateniense com a democracia atual.
A democracia ateniense era directa, enquanto a actual é indirecta porque, a partir dos 18 anos, todos os cidadãos elegem os seus representantes (o Presidente da República, os deputados, o 1º Ministro, os Presidentes da Câmara …) que tomam as decisões políticas por nós. Por outro lado, a democracia ateniense era limitada enquanto que a actual é universal porque todos têm iguais direitos políticos, nomeadamente as mulheres.
18. Caracteriza a religião grega.
A religião grega era politeísta e antropomórfica (os deuses eram física e psicologicamente semelhantes aos homens).
19. Como se distinguiam os deuses dos homens?
Os deuses tinham poderes sobrenaturais, podiam assumir a forma que quisessem e eram imortais.
20.O que é a mitologia?
A mitologia é um conjunto de histórias que narram a vida dos deuses.
21.Indica o nome de alguns deuses gregos.
- Zeus (pai dos deuses); Hera (mulher de Zeus); Hermes (mensageiro dos deuses); Atena (deusa da sabedoria e da guerra); Afrodite (deusa do amor); Dionísio ( deus da alegria e do vinho); Apolo ((deus da poesia e da beleza); Poseidon (deus dos mares); Hefesto (deus do fogo); Hades (deus dos mortos e do inferno)
22.Indica os locais de culto.
Os locais de culto eram os santuários (Olímpia e Delfos) e os oráculos (Delfos)
23.Menciona algumas formas de culto praticadas pelos gregos aos seus deuses.
As formas de culto eram os cultos cívicos ou públicos e os cultos domésticos.
24.Indica algumas das manifestações religiosas.
Algumas manifestações religiosas eram os jogos, as festas (ex: as Panateneias) e o teatro.
25.Qual era a importância dada aos jogos Olímpicos?
Os Jogos Olímpicos reuniam atletas de todas as cidades-estado gregas permitindo a reunião de todos os gregos e, portanto, o sentimento de união que os unia. Para além disso, na época dos jogos, eram decretadas tréguas (paz).
26.Onde se realizavam?
Os Jogos Olímpicos realizavam-se em Olímpia.
27.A quem eram dedicados?
Eram dedicados a Zeus.
28.Indica algumas modalidades praticadas pelos atletas gregos.
Algumas modalidades eram o pentatlo, corridas, salto, luta livre, lançamento do disco e do dardo, corrida de cavalos e quadrigas.
29.A quem eram dedicadas as representações teatrais?
O teatro era dedicado ao deus Dionísio.
30.Onde eram realizadas as representações teatrais?
O teatro era realizado em anfiteatros semi-circulares ao ar livre.
31.Distingue os dois géneros teatrais representados pelos gregos.
Os dois géneros teatrais eram a comédia (crítica social) e a tragédia (temas sobre a condição humana).
32.Indica alguns escritores gregos.
Da comédia, Aristófanes; da tragédia, Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.
33.O que é a Filosofia?
Filosofia significa “amigos da sabedoria”, ou seja, aqueles que buscavam o conhecimento.
34.Refere o nome dos mais importantes filósofos gregos.
Os três maiores filósofos gregos foram Sócrates, Platão e Aristóteles.
35.Explica porque Heródoto e Tucídides são considerados os primeiros historiadores.
Porque foram os primeiros a tentar procurar factos passados verdadeiros.
36.Distingue os três estilos arquitectónicos.
O estilo dórico não tem base e o capitel é simples; o estilo jónico tem base e folhas de voluta no capitel; o estilo coríntio também tem base e folhas de acanto no capitel.
5. O MUNDO ROMANO NO APOGEU DO IMPÉRIO
1.Localiza no tempo e no
espaço o Império Romano.
A civilização romana
teve a sua origem com a fundação da cidade de Roma, junto ao rio Tibre, na
Península Itálica, no ano 753 a.c. (século VIII a.c.)
2.Refere as motivações da expansão romana.
2.Refere as motivações da expansão romana.
Numa primeira etapa, a
razão da expansão romana foi a necessidade de defesa face aos povos vizinhos.
Posteriormente, foi o desejo de poder e de riqueza que levou os romanos a
conquistar todos os territórios em redor do Mediterrâneo.
3.Explica o que
significa “Pax Romana” e “Mare Nostrum”.
Em todo o Império
Romano, foi imposta uma “pax romana”, ou seja, uma paz armada, em que qualquer
revolta seria rapidamente anulada pelos soldados romanos.
Os Romanos conquistaram
todo o território em redor do Mediterrâneo, pelo que o consideram o “nosso mar”
(“Mare Nostrum”).
4.Descreve os factores
de integração dos povos dominados no Império.
Os romanos utilizaram
uma série de agentes que permitiram romanizar os povos conquistados:
- a língua: o facto de
todos falarem a mesma língua – o latim – aproximava todos os habitantes a Roma,
a capital do Império;
- a excelente rede de
estradas e de pontes que ligava todo o Império facilitava a circulação de
pessoas, comerciantes e soldados;
- Édito de Caracala, que,
em 212, concede a cidadania romana a todos os habitantes livres do Império;
- a legião romana: o
exército romano controlava qualquer tentativa de revolta, permitindo a
manutenção da paz em todo o território;
- o direito romano – as
leis romanas eram aplicadas em todo o Império;
- a criação de
municípios, ou seja, a concessão de uma certa autonomia administrativa a vários
territórios.
5.Define Romanização.
A romanização consiste
na adoção dos costumes romanos por parte dos povos conquistados, nomeadamente a
língua, o vestuário, a alimentação e os hábitos (como o teatro, as termas ou os
espetáculos de gladiadores).
6.Descreve a romanização
da Península Ibérica.
A Hispânia foi dividida
em três províncias (a Lusitânia, a Tarraconensis e a Baética) e foi concedida a
autonomia administrativa à maioria das cidades (municípios). Apareceram
numerosas cidades (Bracara Augusta,
Olissipo, Ebora, Pax Julia ou Ossonoba),
foi construída uma extensa rede de estradas e a economia desenvolveu-se. As
populações adoptaram os costumes romanos, nomeadamente a língua, a religião, os
hábitos e os costumes.
7.Caracteriza a economia
romana.
A economia romana era
urbana, comercial e monetária. Havia uma intensa actividade comercial devido à
existência de inúmeras rotas terrestres, fluviais e marítimas. O Mediterrâneo
era a principal via de comunicação utilizada na época e Roma era o grande
centro de comércio de todo o império, aonde afluíam grande parte dos produtos.
As trocas comerciais eram realizadas através da utilização da moeda romana, os
sestércios.
8.Distingue os grupos
sociais quanto a constituição, riqueza e função.
Os membros da ordem
senatorial eram possuidores de uma fortuna superior a um milhão de sestércios.
Possuíam latifúndios e exerciam as mais altas funções do estado: membros do
Senado, magistrados ou governadores das províncias.
Os membros da ordem
equestre eram detentores de uma fortuna superior a 400 mil sestércios, era
constituído pelos plebeus ricos, e desempenhavam importantes cargos
administrativos. Eram obrigados a prestar serviço militar a cavalo.
A plebe era constituída
por rendeiros, artesãos e pequenos proprietários agrícolas (os plebeus).
Os plebeus pobres viviam na dependência dos ricos, tornando-se seus
“clientes” ou da distribuição frequente de trigo por parte do Estado. A
política de “pão e circo” (distribuição de pão e organização de espectáculo de
gladiadores) tinha como objetivo evitar revoltas por parte dos plebeus pobres.
A maioria dos escravos
era proveniente das conquistas. Trabalhavam nas minas, na agricultura e no
serviço doméstico e alguns eram utilizados como gladiadores. Alguns escravos
podiam obter a liberdade, tornando-se assim, libertos.
9.Caracteriza o poder do
Imperador.
O regime imperial
iniciou-se no ano de 27 a.c. com Octávio César Augusto. O imperador tinha o
poder absoluto, pois tinha todos os poderes. Tinha também um poder divinizado
pois todos os cidadãos romanos tinham de lhe prestar culto como se de um
verdadeiro deus se tratasse.
10.Descreve os seus
poderes.
O imperador era
comandante supremo do exército, tinha o direito de veto sobre as decisões do
senado, nomeava os governadores das províncias, mandava cunhar a moeda e era
chefe da religião romana.
12.Demonstra a
importância do Direito Romano.
Os romanos criaram um
código de leis, o direito romano, que garantia os princípios da justiça pois as
leis eram aplicadas de igual forma em todo o império.
13.Demonstra o
contributo dos romanos para o urbanismo.
Por todo o Império
Romano vão surgir uma série de cidades (mais de mil), feitas à imagem de Roma.
As cidades eram organizadas e planeadas, com sistemas de saneamento (rede de
esgotos), arruamentos, abastecimento de água (aquedutos) e edifícios públicos
(as termas, os teatros, os coliseus, os templos, os mercados, os tribunais, os
arcos do triunfo, etc.
14.Caracteriza a arquitectura
romana.
A arquitectura romana,
apesar de influenciada pela grega, teve elementos originais. Era monumental,
robusta e prática, com decoração requintada. Utilizavam o arco de volta
perfeita, a abóboda de berço e a cúpula.
15.Caracteriza a
escultura e a pintura romana.
Os edifícios ais
luxuosos eram decorados com pintura mural. Utilizavam cores vivas, jogos de luz
e sombra e a perspectiva. Pintavam retratos, paisagens, animais, cenas
religiosas, mitológicas ou da vida quotidiana.
A escultura era
caracterizada por um forte realismo.
1. Quem eram os Germanos?
Os Germanos, a quem os Romanos chamavam Bárbaros (porque não tinham a mesma cultura que os Romanos, não falavam latim, não tinham os mesmos costumes, ...), invadiram a Europa, conduzindo à queda do Império Romano do Ocidente, em 476.
2. Identifica os povos bárbaros que invadiram a Europa no século V e as regiões conquistadas.
Os Ostrogodos invadiram a Península Itálica, os Francos a Gália, os Visigodos e os Suevos a Península Ibérica e os anglo-saxões a Britânia
Os Germanos, a quem os Romanos chamavam Bárbaros (porque não tinham a mesma cultura que os Romanos, não falavam latim, não tinham os mesmos costumes, ...), invadiram a Europa, conduzindo à queda do Império Romano do Ocidente, em 476.
2. Identifica os povos bárbaros que invadiram a Europa no século V e as regiões conquistadas.
Os Ostrogodos invadiram a Península Itálica, os Francos a Gália, os Visigodos e os Suevos a Península Ibérica e os anglo-saxões a Britânia
3. Quais foram as consequências políticas das invasões bárbaras?
O Império Romano do Ocidente desagregou-se e formaram-se novos reinos, iniciando-se um período que é costume designar-se Idade Média (do século V ao século XV): o dos Suevos e dos Visigodos na Península Ibérica; o dos Francos em França, o dos Anglo-Saxões na Grã-Bretanha, o dos Ostrogodos na Península Itálica e dos Vândalos no Norte de África.
O Império Romano do Ocidente desagregou-se e formaram-se novos reinos, iniciando-se um período que é costume designar-se Idade Média (do século V ao século XV): o dos Suevos e dos Visigodos na Península Ibérica; o dos Francos em França, o dos Anglo-Saxões na Grã-Bretanha, o dos Ostrogodos na Península Itálica e dos Vândalos no Norte de África.
4. Descreve a importância da Igreja na época.
Nesta época, o prestígio da Igreja Católica aumentou, graças à cristianização dos bárbaros e ao facto de, muitas vezes, terem sido os bispos a organizar a defesa das cidades.
Nesta época, o prestígio da Igreja Católica aumentou, graças à cristianização dos bárbaros e ao facto de, muitas vezes, terem sido os bispos a organizar a defesa das cidades.
Nos mosteiros, os monges viviam sob uma regra à qual deviam obedecer. Para além de orarem, dedicavam-se aos trabalhos agrícolas e à cópia de livros (monges copistas).
5. Descreve as consequências económicas das invasões bárbaras.
Devido às invasões bárbaras, vivia-se um clima de insegurança e de medo.
O clima de insegurança provocou a regressão económica: o comércio enfraqueceu, as cidades diminuiram de tamanho e perderam a sua importância, e a economia ruralizou-se, ou seja, a principal actividade económica passou a ser a agricultura. Em vez de uma economia mercantil, urbana e monetária, passa a existir uma economia de subsistência, isto é, as pessoas sobreviviam à custa daquilo que produziam. A posse da terra passa a ser sinónimo de poder e de riqueza.
Devido às invasões bárbaras, vivia-se um clima de insegurança e de medo.
O clima de insegurança provocou a regressão económica: o comércio enfraqueceu, as cidades diminuiram de tamanho e perderam a sua importância, e a economia ruralizou-se, ou seja, a principal actividade económica passou a ser a agricultura. Em vez de uma economia mercantil, urbana e monetária, passa a existir uma economia de subsistência, isto é, as pessoas sobreviviam à custa daquilo que produziam. A posse da terra passa a ser sinónimo de poder e de riqueza.
6. Descreve a organização da sociedade medieval.
7. Descreve a forma como estavam organizados os domínios senhoriais.
8. Diz em que consistem as relações feudo-vassálicas.
9. Descreve as etapas do contrato de vassalagem.
A Expansão Muçulmana.
Cristãos e
Muçulmanos na Península Ibérica
1. Localiza no tempo e no espaço o aparecimento da religião
islâmica.A religião islâmica surgiu no século VII, na Arábia, no Próximo Oriente.
2. Refere os factos mais importantes no aparecimento da religião islâmica.
Maomé iniciou a pregação da fé islâmica em 610, na cidade de Meca. Sendo perseguido pelos ricos mercadores, fugiu, em 622, para Medina. Esta fuga, conhecida pelo nome “Hégira”, marca o início da era muçulmana. Em 630, regressa a Meca, a cidade santa
3 Descreve as principais ideias da religião islâmica.
Os muçulmanos acreditam num único deus, Alá, na imortalidade da alma e na salvação eterna através da caridade, da oração e da Guerra Santa (luta para expandir o Islão). No livro sagrado, o Corão (ou Alcorão) estão enunciados os cinco princípios da fé islâmica: Alá é o único deus e Maomé o seu profeta; oração cinco vezes por dia, virados para Meca; jejum durante o mês do Ramadão; esmola aos pobres; peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.
4 Justifica a importância política e económica do Império Muçulmano no século VIII.
Os califas, sucessores de Maomé, continuaram a expansão da fé islâmica através da Guerra Santa (Jihad), acabando por conquistar um extenso império, desde a Península Ibérica até à Pérsia. Este império extenso permitiu aos muçulmanos o domínio das principais rotas comerciais do mundo, controlando o comércio entre o Ocidente e o Oriente.
5 Descreve a ocupação muçulmana da Península Ibérica e a resistência cristã.
Em 711, os Muçulmanos venceram os Visigodos na Batalha de Guadalete, no Sul da Península Ibérica, conquistando rapidamente todo o território, à exceção das Astúrias e dos Pirinéus. Aqui refugiaram-se alguns nobres cristãos que iniciaram o movimento da Reconquista Cristã para recuperarem o território perdido. Este processo foi longo e difícil, marcado por sucessivos avanços e recuos e pelo apoio da Igreja (Cruzadas) e dos reinos cristãos.
6 Diz como se relacionavam as civilizações cristã e muçulmana?
Apesar de diferentes, as civilizações cristã e muçulmana conviveram na Península Ibérica durante oito séculos, graças a um clima de tolerância. Alguns cristãos converteram-se ao islamismo, enquanto outros adotaram o modo de vida islâmico, tornando-se moçárabes. Com o fim da Reconquista Cristã, alguns muçulmanos ficaram na Península ibérica, sendo conhecidos por Mouros.
7 Indica alguns dos principais contributos civilizacionais dos muçulmanos.
O Império Muçulmano foi o responsável pela divulgação de técnicas, produtos e conhecimentos em várias áreas: invenção da bússola e do astrolábio, azenha para moer os cereais, a nora para irrigar os campos, alaúde (novo instrumento musical), difusão do sistema de algarismos, aperfeiçoamento da trigonometria e da álgebra, descoberta do ácido sulfúrico e do álcool, construção de grandiosas mesquitas, castelos e palácios, etc.
8 Descreve a forma como se formaram os reinos cristãos da Península Ibérica.
A Reconquista seguiu para sul a partir das Astúrias, dando origem aos reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão. Para estas conquistas foi importante a participação dos cruzados e das ordens militares. Entre os cruzados estavam dois cavaleiros franceses, D. Raimundo e D. Henrique, os quais foram recompensados pelo rei de Leão e Castela, D. Afonso VI, com a atribuição de dois condados, o da Galiza e o Portucalense, respetivamente, e a mão de suas filhas, D. Urraca e D. Teresa.
9 Diz qual era a situação do Condado Portucalense durante a época do conde D. Henrique.
O conde D. Henrique, apesar de aspirar a autonomia, era vassalo de D. Afonso VI, pelo que lhe devia obediência, fidelidade, ajuda militar e apoio na conquista de território aos mouros.
10 Justifica o contributo de Afonso Henriques para a independência do Condado Portucalense.
D. Afonso Henriques lutou contra o exército de sua mãe, D. Teresa, devido à aliança desta com um nobre galego, Fernão Peres de Trava. D. Afonso Henriques, apoiado por grande parte da nobreza portucalense, derrota o exército de sua mãe na Batalha de S. Mamede, em 1128, assumindo o governo do condado. Após a vitória na Batalha de Ourique contra os mouros, em 1139, D. Afonso Henriques passou a intitular-se rei, rompendo com a vassalagem ao rei de Leão e Castela. D. Afonso VII acabou por reconhecer a independência de Portugal em 1143, através do Tratado de Zamora.
11 Descreve o processo de reconhecimento da independência de Portugal.
Em 1143, D. Afonso VII, rei de Leão e Castela, assina o Tratado de Zamora, reconhecendo a independência de Portugal e D. Afonso Henriques como rei de Portugal. Mas era necessário igualmente o reconhecimento pela Santa Sé, o que só veio a acontecer em 1179 quando o Papa Alexandre III assina a Bula Manifestis Probatum.
12 Diz como se definiram as fronteiras de Portugal.
D. Afonso Henriques alargou o território para sul, recuperando Lisboa e Santarém com a ajuda dos cruzados e das ordens militares. Os reis seguintes continuaram com o alargamento das fronteiras com sucessivos recuos e avanços até 1249, ano em que se conquistou definitivamente o Algarve. O Tratado de Alcanises, em 1297, entre D. Dinis e D. Fernando IV de Castela, estabeleceu as fronteiras entre Portugal e Castela.
O desenvolvimento económico
nos séculos XII e XIII
1 Descreve as inovações registadas na agricultura a partir do século
XII.A partir do século XII, houve um aumento da produção agrícola e da área cultivada devido a:
- fabrico de instrumentos agrícolas em ferro
- aplicação do afolhamento trienal (divisão da terra em três partes, cultivando-se alternadamente duas, ficando a terceira em pousio, para proteger o solo do desgaste da agricultura
- movimento das arroteias (ocupação de novas terras pela desflorestação ou secagem de pântanos)
- moinho de vento e de água
2 Indica as inovações registadas nos transportes na mesma época.
A partir do século XI, os transportes terrestres melhoraram devido a novos sistemas de atrelagem (atrelagem em fila), à coelheira e ao uso de ferraduras. Os transportes marítimos também melhoraram devido à introdução do leme e à utilização de novos instrumentos de orientação (Bússola e astrolábio).
3 Relaciona as inovações registadas na agricultura com a evolução da população nos séculos XII e XIII.
Os progressos técnicos na agricultura, a par da melhoria climática e do fim das invasões, permitiram o aumento da produção agrícola e, portanto, a melhoria da alimentação. As pessoas, melhor alimentadas, resistiam melhor às doenças, o que provocou a diminuição da mortalidade e, portanto, o aumento da população.
4 Explica a reanimação comercial e urbana a partir do século XII.
O comércio desenvolveu-se a partir do século XII devido ao clima de paz que se seguiu às invasões, ao aumento da população, aos progressos nos transportes terrestres e marítimos e ao aumento da população agrícolas, que permitiu o aparecimento de excedentes alimentares. Esta prosperidade comercial fez surgir mercados e feiras nas povoações mais importantes.
As cidades também cresceram devido à expansão comercial e ao aumento da população. A população urbana era principalmente constituída por comerciantes, artífices e camponeses vindos do campo à procura de melhores condições de vida. Fora das muralhas (que protegiam a cidade de invasões e ladrões) fixaram-se mais habitantes, levando à construção de uma segunda linha de muralhas.